Avaliação da Qualidade do Ar e s Emissões Atmosféricas em Grandes Cidades de América do Sul

Nome: Luisa Maria Gomez Pelaez
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/05/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Jane Meri Santos Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Jane Meri Santos Orientador
Maria de Fátima Andrade Examinador Externo
Nestor Yezid Rojas Roa Examinador Externo
Taciana Toledo de Almeida Albuquerque Examinador Interno

Resumo: A poluição do ar é o maior e mais persistente problema ambiental em América do Sul e no mundo, sendo a exposição ao MP2.5 considerada o maior risco ambiental para a saúde. Segundo as estimações da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, o 91% da população urbana habitava em cidades que ultrapassaram os níveis mínimos estabelecidos por esta organização para a concentração de MP2,5. Esta pesquisa apresenta uma revisão das concentrações de longo e curto prazo de poluentes atmosféricos como: dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre SO2, material particulado (MP10 e MP2.5), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3) registradas entre 2010 e 2017 pelas redes de monitoramento automático de onze regiões metropolitanas de América do Sul, incluindo 3 das 28 megacidades e 3 das 34 grandes cidades do mundo. Apesar dos esforços para monitorar a qualidade do ar, em algumas cidades se encontraram grandes falências na difusão, consistência e apresentação das informações fornecidas pelas autoridades ambientais. Na comparação com as diretrizes anuais da OMS, o material particulado (MP2.5 e MP10) registrado em todas as cidades, ultrapassou durante todos os anos do período estudado, o NO2 foi ultrapassado por 4 das 11 cidades que tinham registro. A diretriz da média diária da OMS para SO2 foi ultrapassada somente por Vitória (nos últimos dois anos), cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, tiveram ultrapassagens acima do Objetivo Intermediário 1 (OI-1). As médias de 8h de ozônio (média das médias móveis de 8 horas) sempre estiveram abaixo da diretriz da OMS, porém Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, tiveram todos os anos dados atípicos de ultrapassagens da guia da OMS e do OI-1.

Na revisão das emissões foi encontrado que 6 das 11 cidades consideradas não tem inventários recentes disponíveis, nas 5 cidades restantes foram analisadas as emissões disponibilizadas para o ano 2012 na Emissions Database for Global Atmospheric Research (EDGAR). Os inventários encontrados estão atualizados no máximo até o ano de 2016, o que torna mais difícil para as autoridades ambientais gerar políticas ambientais e fazer gestão da qualidade do ar eficiente. A maioria dos inventários foi desenvolvida com fatores de emissão de outras cidades e inclusive de outros países, mas apesar do ajuste com as condições locais é necessário o investimento no desenvolvimento de fatores locais que permitam cumprir os princípios de qualidade, transparência, precisão, consistência, comparabilidade e integralidade.

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